Camera Digital - Historias de Terror, Creepypasta


Câmera Digital é uma história de fantasma assustadora sobre uma menina cuja mãe morre repentinamente. A partir desse momento, a garota começa a apresentar um comportamento estranho e se recusa a ser deixada sozinha. É baseada em uma história supostamente verdadeira que, aparentemente, aconteceu no Japão há alguns anos atrás. Confira!

...Câmera Digital...

Um dos meus parentes faleceu subitamente. Eu nunca conheci a mulher. Ela tinha uma filha de 4 anos de idade e se chamava Yuki. O pai não era capaz de cuidar dela por conta própria, então ele pediu para minha tia cuidar dela.

A menina se recusava a ser deixada sozinha e nunca saía de perto de minha tia. E isso começou a tornar-se um problema, pois minha tia não podia ir a lugar algum sem Yuki. Ela constantemente precisava de atenção. E até mesmo a própria filha da minha tia começou a sentir ciúmes.

Certo dia, minha tia disse que precisaria viajar por alguns dias, para fora da cidade, e perguntou se eu podia tomar conta de Yuki. Eu morava sozinha e disse que seria um prazer cuidar dela, sem nenhum esforço ou incômodo.

Dias mais tarde, minha tia chega em meu apartamento com a menina. Antes de sair, ela chamou a menina de lado e disse: "Yuki, por favor, seja boazinha. Comporte-se."

Quando minha tia saiu, eu tentei falar com Yuki e brincar com alguns joguinhos com ela, mas o comportamento da menina era muito estranho. Ela carregava um ursinho de pelúcia enfiado firmemente debaixo do braço e nunca largava dele. Ela nunca sorria. Ela nunca conversava. Tudo o que ela fazia era sentar-se calmamente em algum canto e olhar fixamente para a parede. Isso me deixava estranhamente desconfortável.

Eu procurava algo para entretê-la. Tinha acabado de comprar uma câmera digital nova e decidi deixar Yuki brincar com minha velha câmera. Quando ela viu a câmera, seus olhos se iluminaram. Fiquei contente de ter conseguido sua atenção e mostrei a ela como usar e ela finalmente saiu daquela posição letárgica no canto da parede e saiu pela casa toda tirando fotos de tudo. Havia um sorriso brilhante em seu rosto.

Naquela noite eu descobri o quão difícil era ter que lidar com os pavores de Yuki. Sempre que eu tentava sair da sala, ela começava a chorar e gritar o meu nome. Eu não podia deixá-la sozinha ou ela causaria uma enorme confusão. Os vizinhos do meu apartamento ficam bastante irritados com barulhos durante a noite, principalmente depois das nove. Ela inclusive queria ir ao banheiro comigo, o que foi uma situação bastante constrangedora.

Na hora de dormir, ela se recusava a ficar no quarto de hóspedes e insistia para dormir comigo, em minha cama. Não tendo o que fazer, li para ela uma historinha e, depois de um tempo, ela acabou adormecendo. Foi quando pude finalmente notar de perto seu ursinho de pelúcia. Uma de suas pernas estava carbonizada e enegrecida, como se tivesse sido queimada. Isso me deixou intrigada.

No meio da noite, fui acordada subitamente por um barulho estranho. Quando me virei, notei que havia algo errado com Yuki. O corpo dela tremia inteiro, seus olhos estavam abertos, seus dentes batiam uns contra os outros e lágrimas escorriam de seu rosto. Eu a abracei forte e perguntei o que havia acontecido.

"Ela está olhando para mim de novo.", ela murmurou.
"Quem é essa pessoa?", perguntei surpresa.
"A mulher escura", respondeu Yuki.

E então ela não disse mais nada. Tentei convencê-la de era apenas sua imaginação, mas ela continuava balançando a cabeça e choramingando. Levei muito tempo para conseguir colocá-la pra dormir de novo.

No dia seguinte, Yuki estava bem de novo. Ela adorava brincar com a câmera digital. Quando minha tia retornou para levá-la de volta pra casa, eu lhe disse que podia ficar com a câmera. Yuki me abraçou e, embora ela não tivesse dito nada, eu poderia dizer que ela estava contente.

Neste dia, minha tia ficou para tomar uma xícara de chá comigo. Ela me agradeceu muito por ter cuidado de Yuki e ficamos um tempo conversando na mesa da cozinha.

"Coitadinha", disse minha tia. "Ela não disse uma palavra desde que sua mãe morreu..."

Não pude conter minha curiosidade. "Como a mãe de Yuki morreu?", perguntei.

Um olhar estranho tomou conta do rosto de minha tia. "Ela morreu em um incêndio..."

"Como o fogo começou?", perguntei.

"Bem...", minha tia hesitou, não querendo muito falar sobre isso. "É uma história muito triste. Ela cometeu suicídio. A mãe de Yuki era uma mulher muito perturbada. Ela derramou gasolina sobre si mesma e acendeu um fósforo. Ela queimou-se viva!"

"Meu Deus... Que horrível!", exclamei.

"Sim", disse minha tia. "A família ficou tão chocada que silenciou-se e fingiu que foi um acidente. Tivemos um pequeno funeral, mas apenas parentes muito próximos foram convidados. Yuki não estava lá. Ela ainda não sabe que sua mãe está morta. Ela acha que a mãe está em uma longa viagem. Nós não tivemos coração para contar-lhe a verdade."

"Pobre Yuki...", murmurei.

Minha tia balançou a cabeça tristemente. "Pobre Yuki".

Poucos dias depois, Yuki morreu.

Minha tia estava tentando mudar o comportamento dela. À noite, ela forçou a menina a dormir em seu próprio quarto. Mesmo Yuki chorando e gritando, minha tia a deixou lá sozinha e trancou a porta. De manhã, ela encontrou a pobre garotinha deitada, imóvel, na cama. Ela estava morta.

Ninguém conseguia entender o que havia acontecido. O legista não pôde determinar a causa da morte. Não havia nenhuma marca em seu corpo. Ela estava perfeitamente saudável. Ela acabou morrendo misteriosamente durante a noite. Não houve nenhuma explicação.

Depois do funeral, eu fui à casa de minha tia. Todo mundo estava muito triste. Ela me devolveu a câmera digital que eu havia dado a Yuki. Levei-a para casa comigo. Era algo para eu me lembrar dela.

O cartão de memória estava cheio de fotos aleatórias que Yuki tinha tomado. Eu naveguei através delas, enxugando minhas lágrimas enquanto o fazia. Havia fotos do meu apartamento, fotos da casa da minha tia, imagens de flores, cães, brinquedos, doces... imagens parvas que qualquer criança tomaria.

Foi quando eu vi a última foto tirada. Ela fez meu sangue gelar. Minhas mãos tremiam. Eu queria gritar, mas não saía som algum. O timer da foto mostrava que havia sido tirada na noite que Yuki morreu.

E aqui está a imagem que a pobre menina conseguiu tirar antes de morrer misteriosamente:


...FIM...

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