10 Justificativas Bizarras e Chocantes para "Assassinatos de Honra"


Todos os anos, milhares de "assassinatos de honra" ocorrem em todo o mundo. Em muitos casos, estas pessoas são massacradas publicamente. A maioria destes incidentes ocorrem em países onde os autores podem agir impunemente. Confira algumas razões totalmente sem sentido dadas por esses assassinos. Seria engraçado, se não fosse trágico e revoltante!

(10) "Ela queria tornar-se Advogada!"


Shafilea Ahmed era uma garota de 17 anos que vivia na Grã-Bretanha e que sonhava em se tornar advogada um dia. No dia de seu assassinato, ela enfureceu seus pais por estar vestida com uma camiseta de manda curta com decote em "V", sem cobertura alguma (tipo uma jaqueta, ou manto). Originalmente do Paquistão, seus pais ficaram horrorizados por sua filha querer viver um estilo de vida ocidentalizado e possuir aspirações de estudar para ser advogada. Como todos nós sabemos, a cultura deles ensina que as mulheres são criadas para se casarem, cuidar de seus maridos, suas casas e seus filhos, nada mais. Para eles, a moralidade, a honra da família, são mais importantes que a própria vida. 

Outros relatos afirmam que seus pais teriam arranjado seu casamento com um primo do Paquistão e que Shafilea ficou horrorizada com a ideia. Quando ela descobriu sobre o acordo, tomou água sanitária em protesto e foi levada ao hospital para tratamento. 

Os pais de Shafilea abusaram dela durante meses, sufocando-a com um saco plástico na presença de seus outros quatro filhos, por qualquer motivo banal. No dia de sua morte, como disse no início, a razão da tortura foram suas "roupas inadequadas". Após assassiná-la, o pai jogou seu corpo no Rio Kent em Cumbria. Ela foi dada como desaparecida por seu professor, uma semana depois. Para explicar seu desaparecimento em setembro de 2003, seu pai alegou que ela tinha fugido de casa no meio da noite. Seis meses depois, seus restos em decomposição foram encontrados por operários.

Shafilea foi identificada por seus registros dentários e jóias que ainda estavam junto ao corpo. Sua mãe, inicialmente, negou o envolvimento no crime. Disse que havia tentado intervir para proteger a menina, mas que seu marido a teria dominado fisicamente. No entanto, toda sua história caiu por terra quando sua filha Alesha incriminou ambos os pais do assassinato de Shafilea. Durante o julgamento, Alesha descreveu como seus pais tinham empurrado Shafilea no sofá , e sua mãe teria dito: "Termine!". Em 2012, os pais, Iftikhar e Farzana Ahmed, foram condenados à prisão perpétua sem possibilidade de liberdade condicional por pelo menos 25 anos. 

Fonte: BBC News

(09) "Ela passava longas horas fora de casa!"


"Eu estou orgulhoso do que fiz", disse o rapaz de 20 anos de idade, Muhammad Ismail, depois de disparar em sua esposa, Samina Bibi, sua cunhada e sua sogra em uma pequena vila no Paquistão Central. A polícia disse que Ismail matou sua esposa porque ela o traíra. "Minha esposa nunca me fez feliz", "Ela era como uma prostituta", "Ela nunca cuidou de mim", "Se eu estava sentado ou dormindo sozinho, ela nunca vinha me fazer companhia", "Eu fiz isso pela minha honra, para que sirva de lição para as outras mulheres". 

De acordo com Ismail, sua esposa Samina, com quem fora casado durante 8 meses, tinha lhe trazido desonra por passar longas horas fora de casa e por flertar repetidamente com outros homens. Isso foi a base para o triplo assassinato. Em entrevista à CNN, de trás das grades, ele contou que pediu à sua esposa para que lhe trouxesse roupas e quando ela entrou no quarto, ela atirou nela. Em seguida, foi à sala e atirou em sua cunhada e sogra. Voltou novamente ao quarto e acabou de descarregar a arma em Samina. Quando teve certeza de que todos estavam mortos, ele trancou a casa e foi à polícia. 

Apesar de ter confessado, Ismail poderia ter saído impune se a família das vítimas tivesse aceitado uma compensação pelas mortes, ocorrência comum nestas situações. Em países como o Paquistão, onde mulheres são vistas como coisas dispensáveis, suas vidas valem muito pouco. Em 2011 943 casos de assassinatos por honra foram reportados aos Direitos Humanos no Paquistão, um aumento de mais de 100 comparado a 2010. Mais de 800 destes assassinatos foram cometidos contra mulheres acusadas de terem relacionamentos ou casarem-se sem permissão. 

Fonte: CNN

(08) "Ela faltou à escola!"


Em Montreal, no Canadá, Mohammed Shafia, sua segunda esposa e seu filho foram condenados por assassinato em primeiro grau de três filhas de Mohammed com sua primeira esposa, em seu casamento polígamo. Imigrante afegão, Shafia e sua esposa Tooba Mohammed Yahya, confessaram ter planejado os assassinatos, com Mohammed referindo-se a suas filhas como "prostitutas".

Aparentemente, eles ficaram chateados com sua filha mais velha por ela querer casar-se com um homem que ele odiava. A segunda filha filha os teria deixado furiosos por vestir roupas reveladoras e por ter namorados secretos. A menina mais nova tinha faltado à escola e tentou entrar em contato com os assistentes sociais para retirá-la de sua casa perturbada. A mãe das meninas, primeira esposa de Shafia, teria apoiado as filhas e escondido tudo de seu marido.

Por essas "transgressões morais", as quatro mulheres tiveram que pagar com suas vidas. Os corpos das três filhas - Zainab (19), Sahar (17) e Geeti (13) - e sua mãe, Rona Mohammad Amir, foram encontrados dentro de um carro da família que tinha mergulhado em um canal em 2009. Gravações de conversas interceptadas revelaram que os assassinatos foram premeditados e a sangue frio. Agindo sob instruções de seu pai, o filho de 20 anos de idade, Hamed, usando o carro da família, parou o outro carro que transportava as mulheres e o empurrou para o canal. Entrevistas exclusivas para a CBC News revelaram que os professores das meninas já haviam suspeitado que elas estavam com problemas em casa. Parentes das mulheres também temiam por sua segurança. Amigos e parentes descreveram como as três meninas viviam em constante medo do controle do pai. Em 2012, um júri canadense condenou os três assassinos à prisão sem possibilidade de condicional por pelo menos 25 anos.

Fonte: CBC News

(07) "Ela se casou com um homem de sua escolha!"


Farzana Parveen, de 25 anos, estava grávida de 3 meses quando foi espancada publicamente até a morte do lado de fora de um tribunal em Lahore, Paquistão. Na presença de 20 membros da família, o seu pai, dois irmãos e um primo esmagaram seu crânio com tijolos. Com este assassinato medonho, eles acreditavam que a honra da família tinha sido restaurada. 

A mulher foi considerada culpada de recusar-se a casar com um primo que sua família tinha escolhido para ela. Em vez disso, ela casou-se com o viúvo Mohammed Iqbal. A família de Parveen trouxe acusações de rapto contra o marido. Ela estava a caminho do tribunal para declarar que tinha se casado com Iqbal por sua própria vontade quando o ataque aconteceu. Segundo o depoimento de Iqbal, a polícia do lado de fora da Côrte de Lahore se levantou e apenas observou como a mulher grávida foi impiedosamente espancada até a morte. Iqbal implorou por ajuda, mas a polícia se recusou a intervir. Quando o pai de Parveen foi preso, ele admitiu o assassinato e não demonstrou nenhum remorso. O pai, um dos irmãos e o primo foram considerados culpados pelo brutal assassinato e foram condenados à morte. O outro irmão foi condenado a 10 anos de prisão.

Infelizmente, esta não foi a única morte relacionada ao caso. Em entrevista à CNN, o marido de Parveen, Iqbal, revelou que havia assassinado sua primeira esposa, seis anos antes, para que pudesse se casar com Parveen. Iqbal pagou apenas um ano de prisão por seu crime. 

Fonte: CNN

(06) "Ela queria se casar com um homem da mesma subcasta"


Casta é uma forma de estratificação social utilizada na Índia, caracterizada principalmente pela endogamia (sistema de acasalamento entre indivíduos aparentados) e pela transmissão hereditária de um estilo de vida que geralmente inclui uma profissão. Os estudantes Nidhi Barak, de 20 anos, e Dharmender Barak, 23, pertenciam à mesma subcasta de uma aldeia no estado indiano de Haryana. O casal fugiu para Delhi, ciente de que suas famílias reprovavam o relacionamento deles. Em 2013, eles foram atraídos de volta para a aldeia pela família da menina com a promessa de uma cerimônia de casamento após o seu retorno. Mas o que os recebeu foi uma casa de horrores.


De acordo com relatórios da polícia, o casal foi torturado durante várias horas na casa da garota por membros de sua família. Depois disso, a menina foi espancada até a morte à vista de um grande público. De acordo com um relatório de notícias, mãos e pernas do menino foram cortados antes de sua decapitação. Seu corpo foi abandonado perto da casa de sua família em uma praça pública na vila. Enquanto estes eventos ocorriam, os moradores apenas observaram em silêncio, porque os assassinatos foram considerados assunto de família para restaurar a honra. Quando o tio de Nidhi foi questionado sobre o incidente brutal, ele, com raiva, respondeu que eles tinham que "dar o exemplo". O casal não deveria se casar pois pertenciam a uma mesma subcasta e tal casamento é considerado incestuoso em partes de Haryana, mesmo que o homem e a mulher não sejam realmente relacionados (parentes de sangue). Ninguém na aldeia condenou os assassinatos. Na verdade, as pessoas de uma aldeia vizinha ressoaram sua aprovação pelo duplo assassinato. Alertados por um morador, a polícia prendeu a família da menina enquanto cremavam seu corpo em uma pira funerária. Os pais e o tio da menina foram presos.

Fonte: NDTV

(05) "Elas dançaram na chuva!"


Em 2013, duas irmãs adolescentes e sua mãe foram brutalmente assassinadas a tiros em um ataque premeditado orquestrado por seu meio-irmão em Chilas, Paquistão. Em um vídeo que circulou na área, Noor Basra, de 15 anos, e Noor Sheza, 16, foram vistas dançando na chuva, no gramado de seu bangalô. Elas usavam trajes tradicionais e estavam cobertas por echarpes verde e roxo. Gravado seis meses antes, o vídeo foi divulgado em telefones celulares quando um parente o enviou para seus amigos. De acordo com informações da imprensa, o vídeo causou indignação na cidade conservadora.

Khutore, o meio irmão de 22 anos de idade das duas adolescentes, planejou os assassinatos com quatro amigos para restaurar a honra da família. Com máscaras cobrindo seus rostos, os cinco homens invadiram a casa do pai das meninas, o policial aposentado Rehmat Nabi, e abriram fogo contra as meninas e sua mãe. Embora Khutore tenha fugido, seus quatro amigos foram presos e confessaram o crime.

Fonte: CNN

(04) "Ela cancelou o casamento!"


Gul Wazir, um motorista de táxi de Birmingham, Inglaterra, e sua esposa, Begum, ouviram o pedido de sua filha com paciência. Citando as barreiras culturais e de linguagem, ela expressou seu desejo de cancelar seu casamento com um primo do Paquistão para quem ela fora prometida. Seus pais concordaram. Com seu filho de 28 anos de idade, Mahboob Alam, os pais decidiram viajar para Salehana, uma pequena aldeia no noroeste do Paquistão, que é conhecida por seu alto número de migrantes da Grã-Bretanha. Gul queria encontrar seu irmão, Noor, e explicar a razão de cancelar o casamento de sua filha com o filho de Noor. O assunto foi discutido com os anciãos da aldeia, que decidiram a favor de Gul. Como compensação por cancelar o matrimônio, os Wazirs concordaram em pagar uma multa de £18,800.

Contudo, em uma manhã despreocupada, quando Gul e Begum estavam conversando no café da manhã, três homens invadiram sua casa no Paquistão e atirou neles. Ao ouvir os tiros, Mehboob correu escada abaixo e encontrou seus pais mortos. De acordo com os moradores, o primo abandonado estava furioso com Gul e sua esposa por cancelar o casamento. Ele acreditava que estaria desonrado se sua ex-noiva se casasse com outro homem. Os assassinatos foram o preço alto que tiveram que pagar por não cumprirem uma "promessa". Gul foi descrito por um amigo da família como um homem pacífico que amava sua família.

Fonte: Sky News

(03) "Ela queria se casar com um homem de uma seita islâmica diferente!"


Tulay Goren, uma menina de 15 anos de idade, de ascendência turca, desapareceu de sua casa no norte de Londres, em 1999. Antes de seu desaparecimento, Tulay estava em um relacionamento com Halil Unal, um homem com quase o dobro de sua idade, que era um muçulmano sunita. O pai muçulmano xiita de Tulay, Mehmet Goren, veementemente desaprova o relacionamento, principalmente porque Unal pertencia a uma seita islâmica diferente e era muito mais velho do que Tulay. Nas semanas antes de seu desaparecimento, Tulay fugiu duas vezes, mas foi atraída de volta para casa a cada vez. Ela também procurou a ajuda da polícia. Mesmo assim, ela desapareceu em janeiro de 1999. Apesar de Mehmet ter sido preso imediatamente após o desaparecimento de Tulay, ele foi liberado por falta de provas. Dez anos mais tarde, a mãe de Tulay, Hanim, decidiu romper com o silêncio. Em seu testemunho, Hanim descreveu como ela encontrou a filha deitada no chão de seu quarto. As mãos e os pés tinham sido amarrados e apresentava sinais de tortura. Hanim tentou desatar a filha, mas Mehmet apareceu e ordenou que a deixasse. Quando Tulay desapareceu, Mehmet disse à esposa que a filha tinha fugido. Mas Hanim não acreditou nele. Ela notou que facas e sacos de lixo estavam em falta na cozinha e a terra em volta do jardim tinha sido recém escavada. Ela também observou um corte na mão de Mehmet que ele não podia explicar. A polícia acredita que o corpo foi temporariamente enterrado no jardim dos Gorens, mas os restos mortais de Tulay nunca foram encontrados. Tulay foi descrita como uma garota mal-humorada que muitas vezes entrava em conflito com o pai dominador. Nuray, a irmã mais velha de Tulay, confirmou que a garota gostava realmente de Unal e tinha se mudado para a casa dele antes de seu aniversário de 16 anos. Em 2009, Mehmet foi considerado culpado pelo assassinato de sua filha e condenado a cumprir um mínimo de 22 anos de prisão.

Fonte: Sky News

(02) "Ela beijou um homem na rua!"


Banaz Mahmod era uma mulher curda de 20 anos de idade, do Iraque, que havia escapado de um casamento arranjado que era física e sexualmente abusivo. Mas sua família achava sua decisão uma vergonha. Depois de deixar seu marido, Banaz conheceu e se apaixonou por Rahmat Sulemani, 29, um homem pertencente a um clã curdo diferente. Um dia, quando Banaz estava com ele em uma rua no sul de Londres, alguns homens os viram juntos e resolveram segui-los e acabaram capturando os dois se beijando na rua com uma câmera fotográfica. Para sua família foi a última gota.

Mahmod, pai de Banaz, e Ari, seu tio, decidiram que a menina havia trazido vergonha para a família e devia morrer para restaurar sua honra. O pai e o tio de Banaz fizeram uma primeira tentativa de matá-la na casa de sua avó na véspera do Ano Novo de 2006, mas Banaz quebrou uma janela e fugiu. No hospital, ela gravou seus medos em um vídeo, que foi usado mais tarde como prova contra os assassinos. O namorado de Banaz também foi ameaçado e quase sequestrado, mas seus amigos interviram para frustrar o plano.

Em janeiro de 2006, a família de Banaz foram para fora, deixando-a sozinha em casa. Quando eles voltaram no dia seguinte, ela já tinha ido. Em nome de seu pai e seu tio, os primos Mohammed Saleh Ali e Omar Hussain e um terceiro homem, Mohammad Hama, brutalmente estupraram, torturaram e assassinaram-na. Em uma conta gravada dada a um visitante enquanto ele estava preso, Hama descreveu como ele chutou e pisou no pescoço dela para "obter sua alma". A narrativa estava cheia de piadas e risadas: ele descreveu os atos sexualmente abusivos contra Banaz por mais de duas horas.

Três meses depois, o corpo decomposto e seminu dela foi encontrado em uma mala enterrada em uma cova. O cadarço com o qual ela foi estrangulada ainda estava em volta de seu pescoço. O tio e o pai de Banaz foram considerados culpados de ordenar o assassinato e receberam prazos mínimos de 23 e 20 anos, respectivamente. Os dois primos, Ali e Hussain, que tiveram que assassinar Banaz fugiram para o Iraque, mas foram posteriormente extraditados para o Reino Unido e receberam penas mínimas de 22 e 21 anos respectivamente. Hama recebeu pena de 17 anos.

Um documentário sobre a vida de Banaz Mahmod, intitulado "Banaz: Uma História de Amor", foi premiado em um Emmy Award Winner em 2013.


(01) "Ela se casou com um homem de uma casta diferente!"


Bhawna Yadav, uma estudante universitária de 21 anos de idade, do Estado Indiano de Rajasthan, apaixonou-se por Abhishek Seth, 24, um homem de uma casta e um estado diferentes do dela. Quando Bhawna informou seus pais sobre seu relacionamento com Abhishek, eles se opuseram veementemente a ele. Bhawna tinha um casamento arranjado com um homem de sua casta e sua região engajado para novembro de 2014. Ela não via este homem desde que tinha 6 anos de idade.

Dez dias antes de transarem, Bhawna e Abhishek secretamente se casaram em um templo sem informar seus pais, na esperança de que sua família finalmente aceitasse a união. Depois que deu a notícia aos pais de Bhawna, o pai dela pediu segredo ao casal até que a cerimônia de casamento formal fosse realizado. Caso contrário, o prestígio local de sua família seria destruído. Os recém-casados consentiram e Bhawna foi com seus pais para sua casa em Nova Delhi. Nos dias seguintes, ela foi torturada por seus pais, mas escapou em 14 de novembro e contou a Abhishek sua provação. Logo depois, os pais de Bhawna apareceram na casa dos recém-casados, se desculparam e retiraram Bhawna novamente de lá.

Desta vez, eles a estrangularam e dirigiram seu corpo à sua aldeia em Rajasthan e a cremaram calmamente. Quando as chamadas de Abhishek para Bhawna ficaram sem resposta, ele ficou preocupado e foi até a delegacia para apresentar um caso de sequestro contra os pais de Bhawna. A polícia, então, os chamou para um interrogatório. No início eles alegaram que ela tinha morrido de picada de cobra, mas finalmente confessaram o assassinato.

De acordo com Abhishek, Bhawna era uma menina com sonhos pequenos. Os pais dela queriam que ela se casasse logo após a escola, mas ela sonhava em ir para a faculdade e usar jeans. "Ela era uma lutadora", disse Abhishek à BBC em uma entrevista. "Eu gostaria que ela voltasse."

Fonte: BBC

Conclusão

Temos a mania de achar feio tudo aquilo que não é espelho, como diria Caetano, mas os assassinatos de honra não ocorrem apenas na Índia, Paquistão e vizinhos, infelizmente. Bem mais próximo de nós os mesmos crimes acontecem, mas recebem outros nomes e justificativas tão bizarras quanto ou pior. Veja por exemplo, os casados, namorados, amantes e obcecados que matam simplesmente porque a pessoa decidiu que queria estar com outra pessoa e não mais com eles, seja por traição ou por terminarem uma relação. Veja as torturas brutais e os assassinatos que policiais e guerrilheiros infringem a outros em nome da honra da pátria e da sociedade. Tente imaginar como deve ser insano viver no meio de um campo de batalha entre gangues e morros do tráfico, onde para desonrá-los basta que atrase um débito, não pague um "pedágio" ou dedure alguma ação deles que infrinjam seus direitos civis. Analise também as mortes em nome da Vingança, seja ela em nome do que for. São todos crimes de honra! E possuem razões e justificativas tão chocantes quanto às que contei para vocês neste Top 10. A Justiça pelo mundo inteiro é falha, mas ainda mais falha é a Justiça com as próprias mãos, pois neste caso, você estará levando em consideração apenas um dos lados, sem o direito de defesa e de redenção da outra parte. Demorei para entender o porquê as pessoas no Brasil, por exemplo, são contra a pena de morte, ou a diminuição da maioridade penal, ou fazer justiça com as próprias mãos. Mas entendo que medo atrai medo, ódio gera ainda mais ódio, violência aumenta o desejo de vingança. Seres Humanos matando outros Seres Humanos, matando animais, matando florestas, extinguindo espécies, e por aí vai. É o circulo vicioso da Justificativa ("Os fins justificam os meios, de Maquiavel), onde as pessoas julgam ter o poder acima da ética e da moral para alcançar seus objetivos e realizar seus planos. Ele está presente muito fortemente na religião, mas consegue penetrar todas as camadas mentais da sociedade. Agora, com certeza, acredito que o sistema penitenciário também não recupera ninguém, mas isso é assunto para outra postagem, senão ficarei mais três dias aqui escrevendo. Rs. Ficaria muito feliz de poder ouvir a opinião de vocês.

Fonte e Agradecimentos: Kanika Gupta, escritora e consultora. 

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