Conheça a história da fotografia que rodou o mundo sob a legenda de "O mais belo Suicídio"! Saiba como este caso influenciou o mundo da arte, da música e do cinema de maneiras tão intensamente diferentes!
No dia 01 de maio de 1947, Evelyn McHale, de 23 anos, pulou para a morte da plataforma de observação (mirante) do 86º andar do Empire State Building, em Nova York, depois de discutir com o namorado. Ela caiu em decúbito dorsal (barriga para cima) em cima de uma limusine estacionada e seu corpo ficou disposto em uma pose que parecia sugerir que a garota repousava um sono tranquilo. Do outro lado da rua, Robert C. Wiles, um estudante de fotografia, aproximou-se com sua câmera ao ouvir o estrondo das ferragens, e encontrou a bela mulher caída sobre o teto da limusine de um mandatário das Nações Unidas, estacionada a cerca de 200 metros da Quinta Avenida. O motorista tinha parado em uma farmácia para comprar alguma coisa e escapou por pouco do golpe. A foto é conhecida como "O mais belo Suicídio".
John Morrisey, policial urbano que comandava o tráfego perto do local, relata ter visto algo como um lenço flutuando que caía do famoso prédio. Pouco depois ouviu um barulho que julgou ser uma explosão e uma verdadeira multidão descendo rua abaixo. Ao chegar à cena, Evelyn jazia sem vida, com sua mão esquerda parecendo acariciar o colar de pérolas, um rosto sereno e notou a elegância de seu corpo no meio do caos. Minutos depois, o detetive Frank Murray, descobriu dentro do casaco da bela jovem, um livro de bolso contendo vários dólares, um kit de maquiagem cheio de fotos de família e um pequeno rascunho do que poderia ter sido sua carta de despedida deste mundo:
"Ele está muito melhor sem mim... eu não seria uma boa esposa para ninguém"
Ao parecer das investigações, Evelyn esteve com seu namorado no dia 30 de abril para comemorar seu aniversário e regressou a Nova York no dia seguinte, de trem, às 7 da manhã. O rapaz declarou aos jornais que quando ela o beijou, na despedida, ela parecia normal e feliz como qualquer moça prestes a se casar. Nunca saberemos o que se passou na cabeça de Evelyn em seu regresso, mas depois de chegar a Nova York, foi ao Hotel Governador Clinton, escreveu uma nota suicida e pouco antes das 10:30h da manhã, comprou um bilhete para entrar no mirante do piso 86 e saltou abandonando tudo aquilo que a incomodava. Evelyn pedia em sua carta suicida para que seu corpo fosse cremado e sua família cumpriu sua vontade.
A fotografia tirada de seu suicídio foi publicada, pela primeira vez, na Revista "Life", em 12 de maio de 1947, e mais tarde, em 1962, Andy Warhol criou um quadro intitulado "Suicide (Fallen Body)", baseado nesta mesma imagem. O quadro pertence à série "Death and Desaster" de Warhol.
Este vídeo abaixo é um curta metragem upado pelo usuário do Youtube "KeyX0", e dirigido, escrito e produzido por Jordan K. Morris, que faz uma releitura do caso de maneira brilhante, comparando a alma de Evelyn com a de pássaros mortos.
Outro artista que navegou através da tragédia de Evelyn foi o britânico Anton Rothschild, com seu introvertido, reflexivo e melódico Indie-Pop, na canção "A Love Song to Evelyn McHale", no álbum "The Diffident" (2009)
A história de Evelyn parece ser também o tema da banda estadunidense de Pop Experimental, "Parenthetical Girls", na música "Evelyn McHale, de 2010.
Isso tudo nos faz pensar um pouco sobre a dor insuportável que leva alguém a pensar que poderia ter alívio na morte. Entendedores entenderão!
Agora vem a parte mais bizarra de tudo isso. Dizem que o famoso prédio do Empire State Building, que é conhecido pelo mundo todo como o mais alto de Nova York, é assombrado! Ele foi construído em 1931, tem 102 andares e foi nomeado como uma das 7 maravilhas do mundo. Incontáveis pessoas relatam ter visto o fantasma de uma mulher vestida com roupas dos anos 40. O tal fantasma é comumente visto no mirante do prédio, que corre até a plataforma de observação e salta, após dizer que seu noivo foi morto na guerra. Evelyn foi uma das 5 pessoas que tentaram suicidar-se naquela semana daquele mesmo lugar: e foi a única que conseguiu. Mas não foi apenas Evelyn que teve a brilhante ideia de morrer em um cenário encantador: mais de 30 pessoas já se suicidaram pulando do mirante, no entanto, nem todos no mesmo andar, porque depois de várias ocorrências, os donos do prédio mandaram instalar um alambrado para impedir tais ações, mas em vão. Houve também 5 trabalhadores que morreram durante a construção. Em 1945, um bombardeiro B-25 chocou-se com o lado norte do edifício, no 79º andar, e 11 trabalhadores de escritório do prédio e 3 tripulantes foram queimados até a morte com a explosão. E, em 1997, Ali Hassan Abu Kamal foi até a plataforma de observação do 86º andar (o mesmo de onde Evelyn saltou), armado com um revólver calibre 380 e gritava "Você é do Egito?", totalmente descontrolado, e acabou ferindo mortalmente um rapaz de 27 anos, Christoffer Burmeister, músico dinamarquês que vivia na cidade. Agora pasmem: em 2008, o New York Daily publicou um artigo relatando que cerca de 10 a 15 veículos desligam todos os dias quando estão próximos ao edifício, mas se o carro for rebocado, distantes 4 ou 5 quarteirões do prédio, voltam a funcionar misteriosamente! O suicida mais recente do Empire foi um estudante da Universidade Yale, de 23 anos, que resolveu escalar o alambrado de proteção do 86º andar em 30 de maio de 2010.
Para finalizar, façamos um minuto de silêncio ao nosso querido King Kong, que também morreu caindo do famoso edifício décadas atrás, mesmo que contra a vontade dele! Sentiremos sua falta, Grandão!
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