Nesta matéria, espero que todos os seus conceitos sobre masculinidade sejam seriamente abalados (Wow!). Vivemos em uma sociedade onde os conceitos de gênero são consolidados de uma determinada maneira, mas e se você tivesse nascido aborígene na Austrália? Conheça o terrível ritual realizado por todos os homens na tribo Mardudjara, que envolve um certo "canibalismo", mas onde se come a pele do próprio pênis! Tenho certeza que ganharei uma face de horror no seu rosto! Huahuahua...
"Mika", como ele é chamado pelos nativos, trata-se de um ritual de passagem da adolescência para a vida adulta dos aborígenes Mardudjara, na Austrália, que acontece em duas fases: a primeira é uma circuncisão e a segunda, uma sub-incisão.
Quando o garoto atinge idade suficiente, geralmente por volta dos 15 ou 16 anos, quando a barba começa a crescer, os anciãos da tribo levam-no a uma fogueira. Ele deve deitar-se e os membros tribais dispõem-se a sua volta cantando e dançando. Outro grupo de homens, denominados "Mouners" (Choro), lamentam e choram enquanto a circuncisão é realizada. Antes do ritual, o garoto deve aprender a linguagem cerimonial: "Damim" ou "Demiin". Mulheres não são aceitas no local sagrado. Qualquer mulher que for pega espionando o ritual será morta em seguida. (Wow!)
O ancião tribal no comando da circuncisão senta-se em cima do peito do menino de frente para o pênis, puxa o prepúcio para cima e torce a pele para que possa ser cortada (creio que retorcem a pele para que fique mais firme, tornando o corte mais rápido e preciso). Dois homens se revezam para cortar o prepúcio com facas que eles afirmam ser imbuídas de qualidades mágicas. Obviamente tudo isso acontece sem o uso de anestesias e o menino deve morder um bumerangue enquanto a operação ocorre. Quando a circuncisão termina, o rapaz ajoelha-se em um escudo de proteção sobre o fogo para que a fumaça possa purificar sua ferida.
Em seguida, enquanto o menino ainda está atordoado e sentindo dor, os anciãos dizem-lhe para abrir a boca e engolir uma "boa carne" sem mastigar. A "boa carne é, na verdade, o prepúcio recém removido. Eles acreditam que ao engolir a pele do pênis, o garoto estaria engolindo sua fase de menino, de criança, para finalmente poder crescer dentro dele, tornando-o forte.
Agora vem a segunda parte do ritual: a sub-incisão. Poucos meses após a circuncisão, os anciãos tribais levam o rapaz à fogueira novamente. Os dançarinos e o "choro" também estão presentes. Um deles senta-se no peito do menino de frente para o pênis e insere uma haste de madeira na uretra, para atuar como um suporte para a faca. O operador toma então a faca e faz uma divisão na parte inferior do pênis: do frênulo (parte logo abaixo da glande) até perto do escroto. Trata-se de uma Uretrotomia, ou seja, no canal da uretra é feita uma fenda, que pode ter diversos comprimentos. É uma prática realizada no mundo todo, não apenas na Austrália, como também na África, América do Sul, e culturas Polinésias e Melanésias do Pacífico.
Após este procedimento, o menino permanece acima da fogueira para que o sangue que escorre do ferimento caia sobre o fogo, para purificá-lo. A partir de agora o menino terá que se agachar para urinar, assim como as mulheres fazem. Isto acontece porque as sub-incisões totais afetam muito a micção, já que a uretra é totalmente destruída, restando ao rapaz urinar e ejacular por um pequeno orifício na base do pênis. Alguns homens sub-incisados transportam um tubo que os permite fazer xixi de pé, mas a maioria aceita a nova condição naturalmente. As desvantagens deste tipo de modificação corporal incluem desde os perigos por infecção até o aumento da suscetibilidade a doenças sexualmente transmissíveis e a diminuição da capacidade de impregnar espermatozoides (já que este não será injetado diretamente próximo ao útero e sim na entrada da vulva). Antropólogos acreditam que a cerimônia de sub-incisão é feita para simular a menstruação e fazer com que o pênis se assemelhe à vulva, permitindo que os homens da tribo sejam mais gentis com as mulheres.
Ao longo da vida adulta, o pênis sub-incisado é usado como local de sangria ritual, em que, em cerimônias posteriores, o processo é repetido. A mutilação ainda é realizada nos dias de hoje, e representa posição de status dentro da tribo. No entanto, as cerimônias Mardudjara tem desaparecido lentamente em função do contato cada vez maior da tribo com o mundo moderno e a cada geração, um número menor de meninos sujeitam-se a comer seu próprio prepúcio.
Pounder DJ, autor de artigos forenses
Wikipedia
Brett e Kate McKay, do "Arte da Masculinidade"
Noted Files, website
Livro: "O significado da circuncisão para os aborígenes australianos", por Cawte JE, Djagamara N, e Barret MG.
Livro: "Cerimônia de Sub-incisão Australiana Reconsiderada", por Philip Singer e Daniel Desole
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