Escrevi este poema em 2010, em uma fase muito ruim da minha vida, em que muitas coisas davam voltas a mil e nem tudo eu conseguia absorver. Mas sobrevivi, rs. E hoje compartilho uma releitura de mim mesma há cinco atrás. E, apesar de muitas coisas terem melhorado e mudado de panorama, algumas frases continuam atuais, mas sob outro ponto de vista. Divirtam-se! Assistam ao vídeo também!
Incríveis, belos e sonhadores,
Assim somos nós na tenra juventude...
Super-heróis por natureza.
A velocidade não nos tira o fôlego,
O perigo não nos intimida.
Uma parada cardíaca por overdose
não nos faz parar.
Uma derrota é só uma fase,
Embora as lágrimas pareçam ser eternas...
Mas como fétidos animais nascemos,
Crescemos, nos reproduzimos, envelhecemos...
E morremos.
As velhas cantigas de rua dão lugar
ao sombrio e melódico rock'in roll.
E tudo muda.
Mudamos o cabelo, mudamos as roupas,
Mudamos até nossa forma de pensar.
E escondemos a fera.
Mas ela está lá, reprimida,
angustiada, furiosa.
Juntos com elas estão também os velhos sonhos,
Aqueles que guardamos para um outro futuro,
talvez uma outra vida.
Libertá-los talvez signifique deixá-la passar...
Maldito Mundo Louco, de pessoas loucas,
encubadas em seu universo podre,
Como vermes sedentos de sangue, suor e lágrimas.
Um pequeno gole talvez me salve da insanidade.
Dois ou três, talvez me levem até ela.
Sofrimentos ridículos de uma sociedade plantada,
Consumida pela hipocrisia.
Um cretino criador que fez tudo: tudo errado!
Filme medíocre, de pobre vocabulário,
Como meros fantoches de mente sequelada.
Como estúpidos quadros pintados à mão. Estáticos.
Julgando haver alguma chance,
Desenterram o que acreditam ser original.
Metamórfica audácia!
Salto quântico gratuito. Barato.
Por Aline Nakano. 10/01/2010.
Vídeo no YouTube: Assistam, ficou bem legalzinho...
Vídeo no YouTube: Assistam, ficou bem legalzinho...
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